Fé que pensa, razão que crê.
Esse é o lema da ABU.
A frase não parece invertida? Crê-se com a fé e se pensa com a razão, não é? Não, não é somente isto.
O mistério da fé pode se tornar algo muito menos abstrato ao lermos atentamente esse trecho de John Stott:
"Somente quando de novo ouvimos sobre o que Deus já fez encontramo-nos em condições de retribuir com a nossa adoração e o nosso culto. É também por este motivo que a leitura e a meditação da Bíblia são uma parte muito importante na devoção pessoal do cristão. (...) a fé verdadeira é essencialmente RACIONAL, porque se baseia no caráter e nas promessas de Deus. O crente em Cristo é alguém cuja a mente medita e se firma nessas certezas. (...) uma fé verdadeira. Ele não fechou seus olhos aos fatos. (...) Assim, pois, a FÉ e o PENSAMENTO caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR! (...) " Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?" (...) A fé, de acordo com o ensinamento do nosso Senhor neste parágrafo, é basicamente o ato de pensar, e todo o problema de quem tem uma fé pequena é não pensar. (...) O problema com as pessoas de pequena fé é que elas, ao invés de controlarem seus próprios pensamento, os seus pensamentos é que são controlados por alguma circunstância, e como se diz, elas passam a rodar em círculos. Isso é a essência da preocupação...Isso não é pensamento; isso é ausência completa de pensamento, é não pensar. (...) A segurança cristã é a "plena certeza da fé". E se a certeza decorre da fé, a fé decorre do CONHECIMENTO, do seguro conhecimento de CRISTO e do EVANGELHO".
Essa reflexão de John Stott é muito válida. Dificilmente encontramo-nos questionando nossa fé, e constantemente somos invadidos por milhares de informações a respeito, e não paramos para raciociná-las. Ao basearmos nossa fé nas promessas e no caráter de Deus não estamos usando a razão? Não devemos fechar nossos olhos aos fatos. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Diferentemente de receber essas informações é assimilá-las em forma de conhecimento e fé!
E o que dizer sobre a preocupação? Sinal de uma fé pequena? Devemos ficar sempre atentos a isso: Nossos pensamentos não devem ser controlados pelas circunstâncias. Devemos ter nossa segurança – a plena certeza da fé – regendo-nos em todos os momentos.
Questionar e alimentar a fé devem ser atos contínuos para aqueles que almejam consolidar essa convicção, de que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vai ao Pai senão por ele (João 14:6).
E com isso, reafirmamos que nosso lema não está ao contrário:
Fé que pensa, razão que crê!
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