Julgar. Quem nunca fez isso? Temos nos tornado especialistas em julgamento. Será que o fazemos de forma correta? Batemos o olho e já somos capazes de descrever "perfeitamente" a pessoa ou a sua atitude. O vídeo abaixo ilustra muito bem esse assunto:
No vídeo em questão todos os atores são inocentes, porém, certamente, são julgados imediatamente devido a situação complicada em que se encontram. É quase inevitável nos depararmos com situações como as do vídeo e não pensarmos de que se trata do que está na cara, e não do que realmente é. Aqui se encontra o verdadeiro desafio. Não nos precipitarmos e darmos como certeza tudo aquilo a nossa percepção nos oferece. Temos a tendência de considerarmos nosso julgamento como correto e justo.
Vejamos o que a Bíblia nos ensina sobre julgar:
Mateus (7:1-2) é bem direto em seu discurso: "Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois, da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e da mesma medida que usarem, também será usada para medir vocês".
Já a carta de Paulo aos Romanos (2:1-7) nos mostra a verdade que existe por trás de quem julga: "[...] você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus? Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento. Deus "retribuirá a cada um conforme o seu procedimento". Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade".
Os textos, em si, já não deixam dúvidas a respeito de julgarmos ao próximo. Não temos o direito de julgar ninguém, pois somos todos pecadores. Sejamos bondosos, tolerantes e pacientes, assim como Paulo nos ensina. Que busquemos o arrependimento, a mudança de atitude. Deus reconhece quando nos esforçamos em lutar contra nossos pecados, e como promessa, nos retribuirá por isso.
Assim, como sempre, concluímos com as palavras do único que tem o direito de julgar, pois não cometeu pecado algum, o próprio Jesus:
"Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia".
João 12:46-48
4 comentários:
Mto bom galera! Parabéns pelo blog e que Deus lhes de sabedoria e discernimento que não é fácil...hehehe
Gostaria de dar uma sugestão de leitura pra complementar esse tema:
http://tempora-mores.blogspot.com/2011/06/e-sempre-uma-falta-de-amor-criticar-e.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2011/07/e-proibido-julgar.html
"A cordialidade e a tolerância, levada a limites fora da normalidade, conduz a um comportamento incoerente e insensato. O crente é levado pelo seu Senhor a provar pensamentos e atitudes, a exercer suas faculdades mentais para promover uma análise de tudo o que se lhe apresenta aos olhos. Não fosse assim, Paulo não teria recomendado aos crentes: "Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5:21). Em outra passagem, o mesmo Paulo exorta aos coríntios: "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" (2 Coríntios 13:5). Os crentes de Bereia examinavam as Escrituras para conferir se o que os apóstolos ensinavam era, de fato, verdade (Atos 17:11). Jesus mesmo manda que exerçamos nosso discernimento, examinando as Escrituras (João 5:39). Examinar, analisar, pesquisar, procurar, são atitudes do intelecto, que precisa exercer sua capacidade de juízo. Julgar, então, é necessidade de quem caminha com Jesus. Obedece-se aos mandamentos somente por meio da análise de uma situação real e com o juízo transformado pelo poder da Palavra de Deus, a fim de se produzir uma atitude. Se o crente não pudesse julgar, como viveria a realidade dos mandamentos de Cristo? Seria ele submisso a dogmas, impostos por um deus raivoso e mesquinho, que se preocupa tão somente em exigir comportamentos diversos de uma civilização, já corrompida pelo pecado? Entendemos que não. Deus sempre mostra, por toda a Bíblia, que sua Palavra tem finalidade educativa. Os versículos áureos sobre a importância das Escrituras demonstram plenamente esse fator: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2 Timóteo 3:16-17).
Vê-se, então, que há coerência na atividade do julgar, inclusive por necessidade de se viver uma vida cristã autêntica, com plena capacidade de discernimento, orientado em obediência às Escrituras. Outro aspecto é a condução necessária do crente na atividade julgadora, uma vez que ele deva examinar todas as coisas e reter o que é bom." - Caminho Estreito.
"Este pensamento de que não podemos julgar as ações e crenças dos outros é o espírito da nossa era. E ele é errôneo." - Doug Kuiper
Peço que leiam esse artigo: Julgar: O dever do Cristão.
http://www.cprf.co.uk/languages/portuguese_judging.htm
Que Deus os abençoe! =)
Muito legal seu comentário Samanta! É necessário deixarmos bem claro aqui a diferença de julgar (condenar) com o julgar (analisar e reter o que é bom). Muito obg pelo comentário. Ótima leitura.
Dkj79 suas indicações de leituras são muito boas. Muito obrigado pela participação. Mande nos um email para mantermos contato (abupatosdeminas@hotmail.com). Obg!
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